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terça-feira, 12 de abril de 2011

Apartar-se da morte e experimentar a páscoa não é fantasia

Podemos experienciar inúmeras vezes a vitória sobre a morte no nosso dia-a-dia. A suprema Páscoa se celebra uma vez por ano, mas como temos apenas o hoje e onde este hoje é a única coisa que temos, é nossa vida, é nossa história presente. Temos dentro dele a possibilidade de dar firmes passos para afastar das proposta de morte e nos emaranhar na vida.
Experimento a cada dia a minha própria transformação em um novo homem, todos os dias me torno em um homem novo, incansável, virtuoso, inteligente e experiente. Todos os dias me torno um homem santo, puro e valente. Todos os dias firmo mais meu olhar para frente, para o Céu, para o infinito fundamentado no que há de novo: a Fé. Se pensarmos bem, a fé é o que há de novo e não há nada de velho, não há morte, pois a fé nos transporta ao que virá, ao que nascerá.

Então, sendo eu todos os dias um homem transformado em todas estas dádivas citadas, todos os dias eu não sou mais o mesmo, todos os dias eu não me repito. Todos os dias eu venço a morte, ela que possui garras e presilhas, pernas, braços, músculos, cola etc. Ela que possui maneiras e jeitos de me segurar em uma sepultura de diversos formatos. Mas todos os dias a morte em minha vida é solitária, em todos estes dias a sepultura está vazia, as vezes parece que estou a porta desta, porém ela sempre está vazia!
Venço a morte quando com bravura me considero um nada. Quando me vejo uma real ovelha que escuta a voz do Pastor. Quando por causa disto abro a Bíblia e contemplo os ensinamentos sublimes de meu Senhor. Considero-me um homem pascal, quando abandono o olhar das mulheres e vou de encontro a minha amada, a minha prometida e companheira. É para mim uma páscoa quando chego em casa e beijo minha esposa, quando a abraço e dialogo, quando estamos juntos, quando nos encontramos.
Vivo uma nova vida quando deixo meu ego, para sustentar a vida de meus filhos, quando invisto no futuro deles. Ainda sou vencedor quando me agarro a honestidade em meu trabalho, quando cumpro minhas obrigações, quando preocupo com a situação com que anda meus irmãos.
O transportador da morte é sorrateiro, chega como quem oferece vida. Insiste em nos afastar do caminho santo, de forma invisível quebra nossas pernas e oferta um drink mortal. Experimentar a morte é quando não enxergarmos mais dons na nossa alma, é quando duvidamos dos dons dos irmãos, é quando enxergamos apenas a matéria. É quando cansamos de rezar, é quando ouvimos o homem mais que a Deus, é quando nos detemos no corpo, é quando os olhos vêem mais a novela ou o futebol que a homilia. Morte é quando fuxicamos, quando deleitamos nas piadas ‘simples’ pornográficas. É quando por nossas forças convertemos tudo em normal, quando admiramos e adjetivamos como modernidade.
Morro quando saio da convivência fraterna, quando não ouço a voz de quem me confirma. Morro quando não vejo além da morte, quando ela é um muro maior que minha fé.
Minha páscoa é agora, que me dedico a missão de falar das coisas do alto. Coisas que estão escondidas em Cristo que vive e Reina para sempre.

Você pode renunciar a morte, você pode emaranhar-se na vida nova. Você pode entrar numa nova vida. Neste tempo litúrgico, vá se alimentando da palavra de Deus, participe das celebrações que nos encaminham para a nova vida, a vida Santa. Não viva hoje no pecado para somente na semana santa se converter, vença a morte hoje. Saia do sepulcro, vem para fora. Deixe o sepulcro vazio. Venha para fora, onde há vento novo, onde há respiração, onde há comunhão, onde há alimento e pastoreio. Venha para a vida, é Jesus que te chama.
Deixe seu comentário, conte sua vitória sobre a morte e sua nova vida.

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