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terça-feira, 10 de abril de 2012

Arcebispo de Montes Claros convoca para Vigília de Oração pela Vida


Em sintonia com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo metropolitano de Montes Claros, dom José Alberto Moura, conclamou a sociedade norte-mineira a participar daVigília de Oração pela Vida prevista para terça-feira (10/04), vésperas do julgamento a respeito da descriminalização do aborto de fetos anencéfalos (com má formação do cérebro) no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo, que tramita na Corte desde 2004 e abarca um dos temas mais polêmicos em andamento no STF, deve entrar na pauta de quarta-feira (11/04). O prelado de 68 anos fez o apelo às 19h de Domingo da Ressurreição (08/04), na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, centro da cidade, durante a homilia da Missa de Páscoa, a maior festa da cristandade justamente por enaltecer a vitória da vida sobre a morte. Concelebrou o pároco local, padre Dorival Souza Barreto Júnior. Estiveram presentes cerca de 800 pessoas.
 
Crédito da Foto para Valéria Borborema
 
 
“E então nós vamos dizer ‘sim’ à vida, principalmente à dos indefesos”, sublinhou ao reforçar a posição contrária da Igreja católica a qualquer tipo de interrupção voluntária da gravidez. Lembrou que “Jesus veio trazer vida e não morte” e que “onde há vestígio de vida há esperança”.
 
Crédito da Foto para Valéria Borborema
 
Na condição de membro do Episcopado Brasileiro, dom José Alberto recebeu carta que a CNBBendereçou a todos os arcebispos e bispos do país para que promovam nas respectivas igrejas particulares a Vigília de Oração pela Vida. O material alusivo ao evento seria enviado para as paróquias. No texto, a CNBB reedita nota que divulgou em agosto de 2008, por ocasião do primeiro julgamento do caso. No texto, afirma que “a vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. (...) Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis. O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso”.
 
Ainda no contexto do assunto, dom José Alberto frisou que “somos chamados a anunciar, dar testemunho da ressurreição. Mas é preciso estar presente. Se Jesus não tivesse ressuscitado, nossa fé não valeria nada, pois Ele não teria passado de um líder religioso a mais. Por isso nós o seguimos e usamos dos meios que Ele nos dá para celebrar a vida: Palavra, sacramentos e muito especialmente a Missa”.
 
TESTEMUNHO
 
“Ressuscitar com Cristo e testemunhar a sua ressurreição”. Assim dom José Alberto iniciou a homilia da Missa de Páscoa. Lamentou o fato de “muitos” acumularem riquezas, à busca somente do “bem-estar sensível, de toda forma de prazer”. “Querem se projetar mesmo passando por cima do ser humano e de repente veem-se perto do túmulo”, alertou para explicar que “Jesus quis fazer a experiência do túmulo, mas o túmulo foi mostrado com a necessidade de se superar o túmulo”“Nós não nascemos para morrer. A morte traz o aniquilamento, a decepção total. (…) Para muitos do tempo de Jesus, a sua morte foi uma decepção. Certamente não o foi para a Maria, sua mãe, que sabia que o filho haveria de vencer a morte. Onde estás, oh! morte. Onde estás, oh! sofrimento. É a angústia humana. O próprio Jesus pendente da cruz, na relação com o Pai, deu o grito do humano: ‘por que me abandonastes?’”, comentou.
 
Fonte: ArquiMoc

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