O Amor permite e exige o olhar na face. Perceba que ao amado existe o desejo ardoroso de estar o mais próximo possível, contrário a isto é o ódio, onde a última coisa que se deseja e ver a face do odiado. Se a humanidade caminha enganosamente por um amor que distancia e afasta a contemplação das faces, ela estará se curvando e adentrando num caldeirão de ódio destruidor.
A face que se deseja do amor não é uma oculta, substituta ou mentirosa, a face desejada é a verdadeira, aquela que emite simplicidade e segurança ao mesmo tempo, é aquela que trás espinhos e pétalas, a face amorosa é a face de quem deixa marca e um vazio quando se distancia. E distância é tudo que não se quer quando se ama, pois o amor como disse, gosta de perto estar, o amor deseja calor, calor que se faz por perto estar.
O Amor de amigo sempre reclama pela presença e cria momentos para desabafar, contar histórias, rir de acontecimentos e poder abraçar, o amor de amigo odeia a partida e quer sempre voltar a encontrar.
O Amor de Pai sofre com a saudade, pois esta é sinal de lonjura das faces, o Filho é a face do Pai que de tanto amor e tanta afeição se vê um no outro.
Existe no mundo relacionamentos mentirosos, distanciosos e invejosos, estes não propõem a proximidade, não amam o encontro face a face, estes só granjeiam o ódio, mesmo que disfarçados. Criam para si calor de pele que ferem e fedem e não oferecem pudor, invadem e não sorriem na alma.
No amor de esposos é regimental o amor facial, é farol do bem caminhar, o homem para a mulher sempre olhar, uma contínua imagem daquele dia diante do altar. Vai mal o casal que não contribui para o face a face. Somente há amor quando se olha o bem, pois é a maior riqueza que se tem e riqueza se olha de perto.
Somente o amor sexual
de um casal
heterossexual
que se contempla o encontro facial.
Veja que onde não há face a face, não haverá amor.
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