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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Educação pervertida. Estabelecer políticas educacionais oficiais de estímulo à masturbação não é uma boa ideia


Isto, além de violar o direito à intimidade, a liberdade sexual e religiosa, ainda desconsidera o pudor, a castidade que advém de um genuíno sentimento de respeito próprio ou de delicadeza pessoal de quem vê a sexualidade como um dom a ser compartilhado responsavelmente com um cônjuge, no interior de uma relação afetiva estável e consequente, e não esvaída em brincadeiras egoístas e autocomplacentes

Hoje pela manhã, enquanto eu estava trabalhando, recebi um telefonema de um amigo, professor de ensino médio aqui no Distrito Federal, que queria me falar sobre uma certa proposta de inserir informações sobre a masturbação nas agendas estudantis a serem distribuídas aos estudantes da rede pública para o ano de 2016. Diante do meu espanto, ele me passou o arquivo em PDF por e-mail. O arquivo que ele me enviou estava devidamente redigido e formatado, com todos os logotipos governamentais, pronta para, eventualmente, ser encaminhada à produção e distribuição.

Relutei muito em transcrever o material que ele me transmitiu, mas, diante do fato de que a ideia ali contida é a de que algo assim seja um dia distribuído aos nossos pré-adolescentes e adolescentes, é importante que nós saibamos exatamente de que se trata. Peço a compreensão do leitor.

Eis o texto que ele me enviou, sobre masturbação feminina:

Masturbação feminina. Sabe aquelas horas que você tira para se conhecer? É natural e permite um maior conhecimento do corpo. Feita com cuidado não machuca. É importante explorar a região da vagina e toda a área pubiana de forma tranquila e relaxada, descobrindo o que lhe dá mais prazer. Ah! Mãos e unhas limpas são fundamentais. Sujeirinhas indesejáveis podem causar infecções mais indesejáveis ainda. Sabe o que é isto? Masturbação feminina.

O texto sobre masturbação masculina enviado por ele é assim:

Eu comigo mesmo. Sabe aquelas horas que você tira para se conhecer? É natural e permite um maior conhecimento do corpo. Não cria cabelos nem calos nas mãos. O que pode acontecer em masturbações frequentes ou intensas é irritação na pele do pênis (ele literalmente fica um pouco esfoliado) e diminuição na quantidade de esperma ejaculado. O esperma, contudo, é constantemente renovado pelo organismo. Por isso o homem não corre o risco de ficar estéril (incapaz de ter filhos) ou com o esperma “ralo”. Sabe o que é isto? Masturbação masculina”.

Perguntei ao meu amigo professor qual objetivo educacional se quer atingir, ao pleitear que se publique, com dinheiro público, e se distribua, por meios oficiais, a pré-adolescentes e adolescentes um material assim. Qual seria exatamente o objetivo pedagógico? Combater, em plena escola, o pudor e a castidade que alguns jovens têm de discutir publicamente suas práticas íntimas? Expor estes jovens ao bullying por terem estes sentimentos de pudor ou princípios religiosos? Arrancar deles estes sentimentos, que algum educador ou profissional da saúde considere inadequados para a contemporaneidade? Ou talvez parta de visão, sem qualquer fundamento científico, de que valorizar a prática de sexo solitário reduziria as doenças sexualmente transmissíveis. O que seria contraditório: estimular alguém a despertar precocemente para o sexo não parece ser exatamente uma medida inteligente para reduzir a respectiva atividade sexual.

Fiz estas ponderações a ele. Há, neste texto, além de toda a inconveniência de lidar com valores morais que não estão entregues ao governo, mas aos jovens e às suas famílias, certamente uma falácia lógica, a de que, se as consequências clínicas e físicas da masturbação não são graves nem permanentes, então nenhuma outra objeção de ordem moral, educacional ou mesmo religiosa à prática seria válida. Mas isto é tão evidentemente falso que se faz desnecessário reafirmá-lo.

Imagino que tipo de mensagem um texto assim passaria, por sob suas palavras, quando dirigido diretamente aos jovens em material oficial do governo. Cito algumas: seria uma mensagem impícita às famílias de que elas não têm o direito de transmitir seus próprios princípios aos seus filhos, ou seja, que eventualmente as restrições morais ou religiosas ao vício da masturbação que as famílias tiverem são consideradas presumidamente inválidas pelo governo. Aliás, haveria também a mensagem implícita de que o julgamento moral da conduta sexual cabe à autoridade pública de educação ou de saúde. E é claro que, sendo esta autoridade tão libertária em matéria de promoção de prazeres sexuais, não é difícil imaginar quão facilmente isto seria introjetado pelos jovens.

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Fonte: Zenit

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