Ives Gandra Martins
O papa Francisco, em sua bem sucedida viagem ao Brasil, realçou a necessidade do combate às drogas, colocando-se radicalmente contra a legalização de seu uso. Mostrou, inclusive, o fracasso de tais políticas em outros países, sem diminuição de consumo, sobre não se educar a juventude, ajudando-a a fazer uso das drogas, livremente.
Os movimentos de combate às drogas, portanto, merecem todo o apoio da sociedade, pois esta luta, sem trincheiras e sem fronteiras, é uma luta de preservação dos valores da família e da sociedade, assim como de redução do número de jovens viciados, os quais, não poucas vezes, os mercadores do tráfico atraem para torná-los dependentes e instrumento na busca de parceiros para o crime.
Sem recursos, todavia, é muito difícil fazer campanhas e a manutenção de movimentos de prevenção que há muitos anos têm conseguido bons resultados, tal como ocorre com a Associação Parceria contra as Drogas.
Diversos credos religiosos têm se oposto à liberação e têm dado apoio aos movimentos, como aquele da Associação, que estão vendo, nas manifestações de Sua Santidade, uma forte sinalização para que o consumo de drogas seja controlado e não autorizado.
Há, todavia, necessidade de que a sociedade compreenda que tem que auxiliar, financiando tal combate, pois esses recursos são necessários não só para o combate ao tráfico como para a recuperação dos drogados, cujo custo de tratamento é particularmente oneroso.
Necessita, pois, o povo conscientizar-se de que o combate às drogas para redução de seu consumo passa necessariamente pelo combate a seu uso e recuperação dos dependentes e que para isto não só se deve lutar contra mas também auxiliar-se, financeiramente, para que com cada vez mais recursos possa combater-se, com eficácia, este flagelo do século 21, que é tornar a juventude dependente de drogas e de criminosos.
Fonte: JB
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