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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Especialista espacial: estamos entrando numa fase de arrefecimento global

No norte da Áustria: Schneeberg (literalmente 'Montanha de neve'),
coberta pelo gelo 3 de dezembro 2014:
a temperatura global não se define pela temperatura local


Por Luis Dufaur

Frentes frias desagradáveis precipitam um inverno gelado antes da hora na América do Norte e na Europa. Calores e secas pouco comuns atingem São Paulo e outras regiões.

Quem quiser olhar só para si tem como achar que estamos diante do ano mais quente e seco da história, ou dos mais frios e úmidos.

Porém, a temperatura global não se define pela temperatura local. Ela é definida por um intrincado cálculo com base em milhares de pontos de medição espalhados por toda a Terra. Confira por exemplo: Rede ultra precisa de estações confirma: clima esfriou

Enquanto os cientistas sérios trabalham com esses dados, os inefáveis ambientalistas trabalham com a demagogia, aplaudidos pela mídia e pelos governantes de esquerda. É a grande diferença.

Se quisermos conhecer a verdade, prestemos atenção nos dados globais e na análise dos cientistas.

O climatologista John L. Casey, interrogado pela Newsmax TV, dos EUA, comentou que os americanos acharam o inverno passado “um dos mais nevados, frios e de baixos registros”.

Ele acrescentou que essa tendência ao esfriamento veio para ficar nas próximas décadas.




Casey é engenheiro de ônibus espacial e ex-consultor da NASA e da Casa Branca para o programa espacial, e presidente da Space and Science Research Corp., empresa de pesquisa de clima sediada em Orlando, Flórida. Ele acaba de publicar o livro Inverno Escuro – Como o sol está lançando o feitiço de 30 anos de frio.

Nele, o autor adverte para uma mudança radical no clima global que Al Gore e outros ambientalistas ideologizados não viram (ou fingem não ver).

Segundo Casey, a terra está esfriando, e rapidamente. A perspectiva para a qual a comunidade científica e os líderes políticos deveriam se preparar está cheia de dias frios e escuros.

Para Casey, a causa é clara: a diminuição da atividade solar.


John L. Casey
Os registros indicam tendências semelhantes às observadas no final de 1700 e início de 1800, quando o sol entrou num “mínimo solar”. Quer dizer, numa significativa redução da atividade solar, inclusive erupções e manchas solares.

Se a tendência se confirmar, não seria uma boa notícia. Pois estaríamos entrando num período de 30 anos de frio.

Essa tendência não vai congelar a Terra nem extinguir os humanos.

Não há razão para exageros, no sentido que os ambientalistas extremistas gostam de anunciar para aterrorizar os homens e impor a sua revolução ideológica.

As consequências das temperaturas frias vindouras poderiam incluir carências na produção alimentar, que dariam eventualmente ensejo a tumultos e ao caos social. Porém, podem elas ser paliadas e até dribladas. A inteligência humana tem recursos para isso.

Mas passaremos aperto se, iludidos pela ideologia “rubro-verde” espalhada por ONGs, governos e mídia de viés esquerdizante, não nos prepararmos.

Casey lembrou à Newsmax uma evidência primeira que o ecologismo parece não perceber: “Tudo o que se tem de fazer é acompanhar os ciclos naturais, observar os fatos. Isso leva à inevitável conclusão de que o sol controla o clima, e que uma nova era fria já começou”.


Dark Winter, o livro de Casey visa alertar
para evitar consequências danosas
Casey desmascara em seu livro o engano do aquecimento global. Segundo ele, há mais de uma década que os oceanos vêm arrefecendo. E, desde 2007, também a temperatura atmosférica.

A grande pergunta para a Newsmax é: como podem a mídia e as elites científicas ficar falando em aquecimento global, quando na verdade o que está havendo é um arrefecimento?

Para Casey, há teóricos que simplesmente desposaram a teoria errada e agora não sabem como sair do engodo.

Mas há pior: é castigado como herege qualquer cientista que simplesmente sugira o contrário do dogma “verde”.

Cientistas proeminentes apoiam as conclusões de Casey, embora ponham as causas em diferentes aspectos da atividade solar. O astrofísico russo Habibullo I. Abdussamatov, por exemplo, que vai ainda mais longe do que Casey e especula com uma nova mini-era de gelo.

A esquerda ambiental responde com fantasias sobre as emissões de gases estufa. Segundo ela, a freada no aquecimento global é apenas um “respiro” da natureza antes de retomar a profetizada marcha ascendente do aquecimento global.

Mas Casey responde que na história do clima nunca houve nada parecido com esse tal “respiro”.

Em 2007, Casey previu que o sol entraria numa fase de atividade reduzida, que ele chamou de “hibernação solar”, e que as temperaturas oceânicas e atmosféricas entrariam em declínio. Ambas previsões se tornaram realidade.

Ele defende que uma onda de arrefecimento global de longo prazo vai ter efeitos importantes sobre a geologia da Terra. A crosta terrestre vai mudar e haverá mais atividade vulcânica e terremotos.

As mudanças climáticas também afetarão a atividade humana e poderão servir de pretexto para políticas revolucionárias.

Casey prevê que o pior do ciclo de arrefecimento vai acontecer no final dos anos 2020 e início dos anos 2030. Há tempo para se adaptar sem traumas, desde que os pânicos gerados pelo ambientalismo não prevaleçam sobre as decisões das sociedades.

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